terça-feira, 14 de julho de 2015

A Primeira Vez: O Emprego

O Primeiro emprego... grande coisa!

Bom dia aos que gostam e nem gostam tanto assim da PEA!
Que ressaca + preguiça + dores + sono!
Hoje vai ser um dia lento!
Isso que dá ficar tempo demais sem exercícios físicos!

Ontem resolvi caminhar na lagoa.
50 minutos de caminhada simples, sem corridas.
Devido a extrema exposição por vários dias, ao sofá mágico da sala, deu nisso!
Dores por tudo, uma noite mau dormida e por aí vai.

Preciso me inspirar com os caras do Tour de France, urgente!
Não dá para ficar nessa falta de emprego e excesso de peso!
Hoje vamos continuar com a listinha das primeiras vezes.

  • primeiro carro
  • primeiro apartamento
  • primeira vez que ouvi Pink Floyd !!!
  • primeiro emprego
  • primeira internet
  • primeira demissão
  • primeira batida com o carro
  • primeira aprovação no vestibular (depois de duas tentativas, a terceira deu certo)
  • primeiro iPad
  • primeiro celular tijolinho
  • primeiro celular smart phone android de quase R$ 2000 (que absurdo!)
  • primeiro programa de computador
  • primeiro sistema vendido

O Primeiro emprego, a gente nunca esquece?
Será mesmo?
Agora estou com sérias dúvidas.
Comecei a fazer muitas coisas bem cedo na vida.

Tem seu lado bom, mas como tudo, as vezes a memória apronta.
Sei que comecei a programar computadores com 14.
Ganhei um MSX Hotbit preto da Gradiente, aos 14, e com ele vieram dois livros.
A primeira tentativa foi uma comédia. Mas isso fica para outro post!

Depois de passar pela fase de leitura de livros, de aprender a programar e me comunicar melhor com o pequeno computador que eu tinha, faltava algo: Ganhar Grana!
Mas como ?

Quem iria dar um trabalho na área de computação, para um fedelho de 15 anos?
Eu já havia feito alguns pequenos sistemas sozinho.
O primeiro deles, era para uso doméstico. Assunto para outro post.

O jeito era tentar fazer algo onde pintasse a oportunidade.
Fazer sistema de graça, rolou sim.
Tudo era válido para ganhar experiência.
Não irei considerar o meu primeiro sistema vendido como emprego de fato.

Aquilo foi um exercício de empreendedorismo precoce.
Tive um contato, que me apresentou a outra pessoa, que precisava de um sistema para a pequena empresa dele.
E assim rolou o primeiro evento comercial, com fins lucrativos!

E pensar que o sonho de infância era ficar milionário.
Ah, a arrogância da adolescência.
Eu dizia que se Bill Gates podia ganhar um milhão de dólares, mentindo descaradamente para a IBM, eu também poderia fazer fortuna!

Jovens...

Sei que não ganhei um milhão, mas ajudei a gerar essa grana em lucros para algumas empresas onde passei.
Os anos iam passando, e nada de trabalho.
O jeito foi correr atrás de cursos que prometiam empregos aos melhores da turma.
Ah, a inocência da adolescência.

Eu ainda acreditei nestas mentiras.
Pagava cursos de programação, achando que no final, iria ter um emprego.
As escolas de computação eram cretinas.
Diziam isso para atrair os alunos.

Eu terminava os cursos como primeiro (otário iludido) da turma, para nada.
Os professores se omitiam, e mandavam falar com as secretárias.
Elas vinham com o papo de que minha idade era o problema!
Mentirosas.

Na verdade eles não tinham convênios com ninguém.
Era pura propaganda enganosa mesmo.
A pior idade se aproximava... 18 e o quartel...
Nesta época, nenhuma empresa pegava ninguém mesmo.

Muitos começavam como office boys...
Eu não queria saber.
Já estava programando em umas quatro linguagens, e queria ganhar grana com aquilo!
Alguém veio dizer que eu deveria tentar estágios... mas para isso tinha que estar estudando.

Neste caso foi uma perda de tempo.
Deveria ter feito um segundo grau técnico aos 14 anos.
Terminei o ensino médio com 16 e sem fazer estágio algum.
Isso fez falta depois.

O jeito foi entrar na faculdade aos 19 (depois de duas tentativas frustradas em computação) no curso de Economia.
Aí sim poderia tentar estágios em breve.
Aproveitei para fazer um técnico em processamento de dados na mesma instituição.

Era bem puxado.
Fazia matérias do técnico de manhã, e da faculdade a noite.
A sorte foi que ambos eram no mesmo campus.
Bastava sair de um prédio para o outro em frente.

E assim veio o primeiro estágio.
Dentro da faculdade mesmo.
Não deixei passar algumas oportunidades de escrever sistemas para a reitoria.
Cobrava em dólares!
Estava aprendendo a ser mercenário!

Mas estágio não conta como emprego.
O tempo estava passando, e aos 21 anos, depois de estar no terceiro estágio diferente, achei uma pequena, minúscula mesmo, software house.
Enfim, depois de vários cursos, livros, sistemas e anos tentando.

Uma empresa iria me pagar para fazer algo!
Até que era divertido. Sempre gostei de escrever sistemas.
Horário fixo, uma boa máquina para trabalhar.
O chato era ter que pegar dois ônibus para chegar na empresa.

Mais chato mesmo era receber dois salários e meio!
Uma M!
Mas foi o jeito.
Fazíamos sistemas contábeis e administrativos.
A linguagem era a modinha da época... Clipper para DOS ainda por cima.

A empresa era muito modesta, com apenas 15 clientes.
O dono não sabia cobrar.
Cada cliente pagava uma taxinha modesta de manutenção mensal.
E a grana que ele recebia dos clientes mal dava para pagar os custos da mini empresa.

Fiquei quase dois anos ali.
Até que perdi a paciência depois de ficar dois meses com salário atrasado!
Sim, foi o primeiro emprego, e também o meu primeiro pedido de demissão!
Chutei o balde dentro de um cliente deles mesmo.

Afinal, quem disse que funcionário trabalha de graça?
Eu não era sócio do dono da empresa.
Dois meses sem pagamento foi o limite para eu abandonar a canoinha deles.
E assim terminou a primeira experiência profissional com carteira assinada.

Depois fiquei um tempo parado, até que graças a faculdade, peguei outro estágio.
Era para ser um estágio em Economia, no departamento de estatística de uma empresa de Agribusiness.
Foi até a primeira entrevista com um dos sócios.
Depois de conversar e ver meu currículo, fui parar na sala de gerência operacional, com um computador me esperando. Sequer entrei na sala da estatística...

Era para fazer o website comercial da empresa.
Era um estágio, lembram?
Pois bem, total desvio de função e aproveitamento indevido de minhas capacidades técnicas.
Sequer o horário de 6 horas eu fazia.
Eram mais de 8 por dia.

Durou seis meses, até que novamente, pulei do barco.
Haviam me prometido efetivação.
No quinto mês, entretanto, jogam na minha mesa um contrato de renovação do estágio!
Fiquei "P" da vida com eles.

Distribuí currículos, e fui parar em uma grande consultoria, que trabalhava com empregas de grande porte apenas.
Na véspera do feriado de Carnaval, avisei que não voltaria mais.
E foi esta a última vez que trabalhei para empresa pequena ou média.

Mas não se enganem.
O tamanho da empresa não reflete o seu valor como profissional.
Quanto maior a companhia, maior será a facilidade para jogar você fora, para trocar por outro mais barato ou novo.

No final das contas, o melhor trabalho de todos, é aquele que você gosta de fazer, sendo dono do próprio negócio.

Para refletir no travesseiro...
Emprego bom é o próximo!
O Atual é apenas o mal necessário.

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