sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SUS em mais uma tarde feliz!

Happy Friday! A cold one...

Bom dia a todos simpatizantes do clima londrino!
Como seria bom acordar, e ver que mudei de país!
Se pudesse escolher, teria nascido em UK!!!
E provavelmente, a Inglaterra teria mais títulos mundiais de F1, do que a Alemanha! (modesto...)

Ontem, tive mais uma tarde feliz no amado ambiente S.U.S.
É muito empolgante, ver as pessoas se amontoando em filas, sendo super bem atendidas...
Parem as máquinas!
Não estive em um posto de saúde de Cuba! Foi aqui mesmo nos limites da cidade de Campinas.

Um hospital alegre chamado Ouro Verde.
Não vi nenhuma destas coisas por lá... mas tudo bem.
Nem ouro e muito menos verde. Tinha muita lama e tumulto.
Consulta agendada. Piada isso. Agendam horário apenas para constar no sistema.

Você é orientado a chegar meia hora antes.
Isso serve apenas para ser agraciado com mais tempo de espera entre uma sala e outra.
Cheguei as 13:45.
A consulta era para as 14:00

Fui atendido as 15:10.
As 15:19 estava indo embora.
Para completar o tempo total da brincadeira, havia saído de casa as 13:00.
Retornei para meu "Home Sweet Home" as 16:00.

Sei bem que muita gente teve que esperar muito mais horas do que isso.
Mas ontem, notei que haviam poucas pessoas no salão principal.
E mesmo assim, ocorreu uma demora para ser atendido.
Curioso isso...

O tumulto rolou porque muitas pessoas começaram a reclamar das senhas.
Os números que estavam sendo chamados não existiam.
Algum erro aconteceu no sistema deles.
E para tentar resolver, um funcionário (vestido de porteiro de boate) encheu de esparadrapo no botão de atendimento preferencial, no aparelho que imprimia as senhas.

Um belo exemplo do tão famoso "Jeitinho Brasileiro"!!!
Desta forma, apenas as senhas normais podiam ser impressas.
Azar de quem fosse preferencial.
Engraçado é que por estar em um hospital, todos deveriam ter prioridade.

Mas vendo o lado de quem trabalha lá dentro, faz todo sentido ter uma regra de prioridades.
Mas estas deveriam ser para os casos de urgência, fraturas, acidentes, etc.
Ali, todos estavam aguardando por CONSULTAS AGENDADAS!
Novamente, questiono o tal agendamento com hora marcada.

Como eu adoro observar tudo a minha volta...
Não poderia deixar passar alguns pontos curiosos.
Muitas pessoas com cara de frio, dor, fome, angústia e irritação.
E muitos médicos (ou pessoas de jalecos brancos) andando de um lado para o outro, com celular...

Sim, teclando em seus celulares...
Não era proibido usar celular dentro de hospitais?
Lembro que o sinal sequer pegava lá dentro.
Talvez por serem celulares de médicos, eles tenham algo de especial.

Nunca havia reparado, em uma quantidade tão grande de médicos passeando pelos corredores.
Seria o horário de almoço deles?
Mais um destes mistérios do universo, que não serei capaz de desvendar.
Pelo menos fui atendido.

Apesar da rapidez da consulta, saí de lá com uma receita e uma requisição para fisioterapia.
Prefiro pensar que foi um saldo positivo.
Desta vez, tive a impressão de que era um médico conversando comigo.
Talvez por não ser mais um daqueles que vieram de Cuba...

Sobre o tumulto... este rolou porque depois de algum tempo, as pessoas perceberam algo errado.
As senhas eram de uma numeração, e o painél chamava senhas com 200 números acima.
Portanto fica praticamente impossível de estimar, quanto tempo aquelas pessoas já estavam alí.
Nestas horas é bom colocar a culpa nos sistemas de informática!

Bastou a atendente sair do balcão, depois de algumas pessoas reclamarem, para dar explicações.
É curioso, como todos parecem ficar mais calmos, quando ouvem que a culpa é do sistema.
Tumulto encerrado!
E o painél passou a mostrar os números na ordem correta.

Quando fui chamado, fiz uma pirraça.
A atendente queria que eu fizesse tudo correndo.
Fiz questão de tirar o RG em câmera lenta... e todos os demais documentos solicitados.
Fazem a gente ficar um tempo do cacete ali naquele salão!

Quando chegou a minha vez, procurei retribuir a gentileza!
Segui as instruções mau humoradas da criatura fêmea, e fui para outra sala de espera.
Adoro hospitais... é tudo tão organizado e limpinho... nos seriados do E.R. e Chigago Hope!
Nova sala de espera... sem painél desta vez.

As pessoas diziam o nome dos pacientes, em um volume quase em tom de sussurro.
Talvez seja uma técnica para promover o silêncio no ambiente.
Se foi isso, não estava funcionando.
O que estava no indicador mínimo, era a minha paciência.

Costumo dizer que, ao chegar em um posto de atendimento, a dor parece que passa até.
Basta ver aquele ambiente com o caos instalado. A indignação toma o lugar da dor...
Parece que sequer estamos doentes ou precisando de atendimento.
Acho que o frio acalmou as pessoas. Se fosse calor, aquilo teria explodido.

Claro que digo isso em primeira pessoa.
Evidente que se alguém chegar lá com dores crônicas, só vai piorar o seu estado.
Nunca passei por situações de fraturas ou traumas severos.
Na única vez que fui internado com emergência, fui bem atendido em um hospital universitário.

Depois de terminada a sessão alegre da tarde, me arrependi de uma coisa.
Jamais devemos ir com fome, para uma consulta!
Achei que seria tranquilo, deixar para almoçar na volta... maior besteira.
Paciente com fome, é paciente irritado!

Agora estou na expectativa para o tratamento.
Espero que a fisioterapia seja eficiente.
Pois, como Ex integrante da PEA, não poderei fazer o que o médico recomendou...
Musculação e Natação. Chique né?

Uma coisa serve de alerta, para aqueles que enfrentam a mesma situação que eu.
Desemprego traz, entre outras coisas ruins, o sedentarismo.
Este é o motivo das minhas dores musculares e articulares.
Preciso praticar exercícios, diáriamente.

Todos precisamos!

Bandidos nestas horas tem boa saúde!
Já viram malandro correndo da polícia? Sempre são magrinhos ou sarados! (kkkkkkkkkkk)
Já estou imaginando um bom exercício...
Corra que a Polícia vem Aí!!!

Agora, falando sério.
Todos adoram criticar.
Existem sim, muitas coisas erradas no sistema de saúde por aqui.
Desde pessoas mau qualificadas, despreparadas e com má vontade mesmo.

Mas fica quase impossível fazer um trabalho decente, se o governo não faz a parte dele.
Manter hospitais, requer muita grana investida, em mão de obra, e equipamentos.
E não facilita em nada, quando temos muito mais pacientes do que a capacidade de atendimento.
Uma solução mais barata... PAREM DE TER FILHOS! Pois o governo, não vai parar de roubar...

Carpe Diem!

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