quarta-feira, 6 de julho de 2016

A Arte da Recliclagem

Nada se cria, tudo se copia, reusa, remenda...

Boa tarde ilustres e raros observadores de nosso Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #394 chegando em clima de cientista observador.
O que seria de todas as ciências, se não fosse o método analítico e investigativo?
Estaríamos todos perdidos, sem a teoria da evolução de Darwin!

Viveríamos hoje em um mundo de trevas eclesiásticas e inquisições.
E claro, ninguém estaria lendo blogs em lugar algum do planeta!
Hoje minha inspiração veio de um local corriqueiro.
Mas para o bom Economista, nada escapa das análises de causas e efeitos, custos e O&D.

Graças aos amigos inúteis e eternos, amaldiçoados e perversos do Detran, nova Arte.
Agora, vai tomar multa no "fiofó", aquele desavisado que não acender os faróis, de dia!
Nunca param de encontrar novas formas de nos assaltar!
Como se andar com a porra da luz acesa, fosse evitar acidentes. PqP!

Mas como tudo neste país, é democraticamente enfiado goela abaixo, ou em outro lugar...
Lá vão os proprietários correndo atrás de oficinas, para deixar seus carrinhos em ordem.
E esta foi minha alegre manhã de hoje.
Foi mesmo divertido.

O carro em questão não era o meu, mas gostei de ver a mobilização em torno do tema.
A novidade, obrigou vários motoristas a fazerem manutenções.
No caso do carro de minha namorada, a peça que controla os faróis, estava com defeito.
Ligava apenas os faróis no mais alto, sem funcionar para as demais posições.

Seria multa na primeira chance que um FdP qualquer usando farda ou uniforme, visse o carro.
Problema foi resolvido sem precisar comprar uma peça nova, que custaria uns R$ 300.
Ter carros com mais de CINCO anos neste país, é um exercício de coragem e paciência.
Não encontramos mais peças originais para nossos carros de 1999.

Para o dela, que é um Ford Fiesta, ainda achamos.
Já para o meu, um alemãozinho vindo da Argentina, esquece!
Nada de pecinhas para o amado e idolatrado Polo Vermelho personalizado e saudável!
Tudo para ele, deve ser procurado em desmanches, ferro velho ou com ladrões mesmo!

Mas a tal oficina que fomos, tem profissionais dedicados.
Eles praticam a Arte de Reciclar.
Restauraram a peça, pois sabem que não seria fácil achar outra.
Como a grande maioria dos componentes elétricos de um carro, um mau contato é o problema.

A mão de obra não foi das baratas, mas evitou o desgaste de sair procurando a tal peça.
Mas descobrimos mais exemplos de recicladores.
Em outras lojas, achamos peças de revestimento interno, plugs e presilhas, painéis genéricos.
Ou seja, ainda existe uma industria de peças, genéricas, encomendadas, recicladas.

Somente as grandes ( FdPs ) fábricas de automóveis é que não querem saber deste mercado.
Depois ficamos horas, dias e meses discutindo desemprego, fatores e causas, etc.
Vários postos de emprego poderiam estar bem aquecidos, se o mercado não fosse obsolescente!
Afinal de contas, bens duráveis deveriam continuar a ser produzidos para durar!

Foi um barato, ver que ao lado do Fiesta 99, existia um novo, talvez de 2015.
Um componente elétrico que controla o limpador de para-brisa é O MESMO, para os dois carros.
Exatamente a mesma peça, funciona e é encaixada no modelo de 1999 e no de 2015.
Ou seja, a nossa querida indústria automotiva sabe reaproveitar os pequenos componentes.

A grande cara de pau deles, fica no modelo completo mesmo.
Onde basta trocar uma grade, uma porta ou tamanhos e formas dos vidros, para dizer que o modelo é novo! Gênios!
Pena que para a parte de mangueiras de borracha, a coisa muda de figura.

Saindo um pouco do mercado de carros, notamos que a mesma Arte está presente em tudo.
Reciclamos o lixo, os celulares, utensílios de cama, mesa e banho.
Só não reciclamos os políticos safados e os Coxinhas!
Também não fazemos isso com os donos do poderio econômico capitalista.

Nem tudo pode ser perfeito mesmo.
Mas podemos nos distrair com a Reciclagem nos Cinemas.
Vários filmes sendo "remasterizados", ou mesmo filmados novamente com elencos novos...
Tudo vale a pena, para vender, vender e vender.

O mesmo fenômeno se verifica no mercado de séries baseadas em filmes, livros e etc.
A velha e batida frase "nada se cria, tudo se copia..." segue atual.
Na era moderna da Internet, devemos usar o terno "Copy & Paste" para tudo.
Já nem lembro mais, quando foi a última vez que vi alguma coisa original no trabalho ou faculdade.

Bons tempos aqueles do querido Charles, e suas observações evolutivas na natureza.
Mantivemos este hábito, de procurar copiar os seres biológicos, para produzir máquinas.
Aviação e aeronáutica que o digam.
E como espécie, também imitamos outros seres!

Nos reproduzimos, espalhamos por uma área, consumimos tudo, e vamos procurar outra!
Iguais aos vírus, ou pragas.
Agente Smith tinha toda razão...
Só iremos parar, quando tudo se esgotar.



Neste ponto, iremos reciclar o próprio "Homo Sapiens"?
Já estava com saudades de minhas derivações!
Ver os movimentos econômicos lá fora, ativa meu componente processador.
Melhor assim, caso contrário ele também pode apresentar mau contato ( Osmar ).

Carpe Diem!



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