sábado, 26 de dezembro de 2015

The Day After...

A velha e boa amiga ress... ops, rinite!

Bom dia aos usuários dos anti ácidos e observadores do Red P`lanet Ex PEA!
Não compartilho de vossa ressaca!
Ao chegar em casa ontem, depois do banquete natalino (ou natalício), veio a crise!
Não aquela da Dilma, mas a da maldita rinite alérgica, regada a sinusite e enxaqueca!

Invejo à todos os que estão com a tradicional ressaca de bebedeiras e comilanças.
Gostaria de pegar algum nariz saudável, emprestado por alguns dias.
Entre todos os inconvenientes de estar nesta condição, a falta de paladar me irrita mais!
Não sentir o gosto das coisas é uma mer** sem tamanho!

Além do gosto, nem o cheiro... 
E neste singelo momento, algum filha da puta resolve estourar rojões aqui perto... 08:21 AM!
Porque temos que conviver com uma vizinhança retardada e ordinária?
Essa gente não tem o menor sinal de respeito com o sono alheio...

Nossa sociedade anda mesmo de mal a pior.
Ponderei muito se iria comentar sobre um fato trágico.
Mas não tive como resistir.
Existem muitas pessoas que estão agora enfrentando algo bem pior do que ressacas ou rinites.

Ontem (ao que parece, pois não tenho detalhes precisos) um colega de minha namorada se matou...
Tinha mais de 50 anos, se enforcou devido a uma separação.
Parece que a "gota d'água" foi o fato da ex ter exigido levar até o cachorro deles.
Isto fez com que o senhor ficasse totalmente sozinho e abandonado em sua casa.

Ao que consta, era um profissional dedicado, sério e competente.
Colegas o tinham como referência.
O velório está ocorrendo hoje, entre 07:00 e 10:00.
Por apreço e amizade, minha namorada pretende estar no evento. Sem minha presença...

Cada pessoa tem a sua forma de reagir a situações como estas.
Eu tenho a resolução de não participar de enterros ou velórios.
É uma situação muito ruim, e não tenho motivação para testemunhar a dor das pessoas.
Mesmo se fosse um parente ou amigo meu, minha reação seria a mesma.

Meus sentimentos são internos, e não vejo razões para externalizá-los em eventos deste tipo.
A dor da perda, ao meu ver, deve ser resolvida em casa, com entes mais próximos.
Em minha casa, já foi decidido o que fazer nestes casos.
Crematório, sem nenhum tipo de cerimônia. Cinzas lançadas ao mar.

Acho que os leitores já puderam notar, ao longo dos posts, que não sigo convenções sociais mesmo!
Como pensador livre, me reservo ao direito de ter atitudes livres também.
Evidente que pintam dúvidas em vários momentos.
Pensei no caso, se deveria estar com minha namorada, por ela, e não pelo falecido...

De fato, preferia que ela não estivesse indo.
Mas a decisão é pessoal e nos resta aceitar, mesmo sem concordar.
De qualquer forma, o momento gera reflexões.
Todos temos problemas, e muitos buscam meios de fugir deles.

Imagino quantas pessoas possam perder a noção de valores, nos dias de hoje.
O maior deles, deveria ser a própria vida. E mesmo assim alguns desistem dela.
O que observo nestes dias, de forma geral, é uma certa fragilidade nas pessoas.
Estas parecem se importar mais com o que postam no facebook e ver os comentários.

Seria este um reflexo de ausência de melhor educação de valores, dentro de casa.
O que parece educar os indivíduos, são os comportamentos nas redes sociais.
Isso leva ao risco de mais e mais pessoas perderem a noção do "certo e errado".
Tivemos aquela fase do "Você vale o que tem, em oposição ao que se é ou pensa".

Talvez estejamos entrando em uma nova fase: "Você vale, o que postam no seu face..."
Sem esquecer que parece ter imenso valor, o número de pessoas que te "seguem" nas redes...
Estamos "virtualizando" valores atualmente. Onde estão os "cabeças-feitas" de outrora?
E pensar que foi em uma propaganda do Itaú, que tivemos reflexões sobre este tema...

Bem, realmente esta época do ano é de "parar para pensar".

Carpe Diem!

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