sexta-feira, 29 de abril de 2016

Memórias de um GP Brasil de F1

Friday´s Tales #11: Final de Semana com F1...

Bom dia aos ilustres seguidores de nosso veloz Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #326 chegando com memórias de um 1º de Maio triste.
Happy Friday para todos, como de costume.
O conto de hoje será estendido até domingo, para lembrar dele: The King!




























Lembro agora, que em 2003 foi a minha primeira experiência com um blog!
Havia escrito algumas páginas, para contar como foi a aventura de ir para Interlagos.
Fiquei devendo o registro das 208 fotos que tirei no Setor A da pista.
Até hoje, não passei aquelas fotos para o computador.

Ocuparei meu tempo nesta sexta-feira para digitalizar as melhores.
Amanhã, colocarei algumas aqui.
Nunca mais achei a página daquele blog. O danado do Uol tirou do ar.
Deveria ter feito uma cópia, pois o texto estava muito bom.

Primeira vez em Interlagos 2003
Expectador assíduo das corridas, desde 1980, nunca havia perdido um GP. Era um compromisso mais do que religioso. Febre, mania, vício eterno! A única vez que deixei de ver um GP de F1 na frente da televisão, foi exatamente no GP Brasil de 2003, pois estava lá, quase tocando no asfalto da reta dos boxes. A aventura começou a ser organizada quase um mês antes da corrida. A escolha de um pacote de viagem já me escapa da memória. Não lembro de havia alguma promoção ou se foi indicação de alguém. O fato é que decidi comprar um pacote pronto, organizado por uma agência de viagens.Mais tarde, viria o arrependimento da escolha. Ser marinheiro de primeira viagem acaba tendo seu preço cobrado em algum momento.
Naquele tempo, o salário me permitia este tipo de gasto que era comum aos riquinhos de plantão, jamais aos raladões. Ainda assim, a brincadeira foi parcelada em 6x no cartão. Se fosse para pagar à vista, não teria rolado viagem alguma. Claro que a empolgação estava ao máximo. Ansiedade nas alturas o tempo todo. Não apenas por estar indo ver a corrida de perto, mas por não estar acostumado com o tipo de evento e forma de organização. Esperar o kit da agência de viagens, ser entregue em casa, era novidade. E ficava sempre o receio de ter pago algo, e ficar sem receber! Podemos adicionar medo ao pacote de empolgação e ansiedade. Claro que no final deu tudo certo, com ressalvas.
 A tortura ocorreu até o último dia. O tal kit da agência era apenas uma pequena sacola, em forma de "necessarie", com alças amarelas e o logotipo da empresa. Dentro havia apenas um folheto, uma mini toalha que mais parecia um lenço. E uma folha A4 com os detalhes do pacote impressos! Nada de ingresso ou passagens ou reservas do hotél. E tudo isso entregue na manhã da sexta-feira! O embarque iria ocorrer na noite. Já existiam os celulares, o que deveria ser o único meio de contato com os responsáveis da agência. Mas o custo das ligações ainda eram bem altos. O ponto de encontro combinado com todos, foi na frente do balcão da companhia aérea. Já estava na pilha, ao sair de casa, imaginando o que fazer, caso não encontrasse os caras da agência...
No aeroporto, pelo menos tive o alívio de ver alguém da empresa, esperando os outros integrantes do grupo. Uma breve conversa com cada um, parecendo até algo sigiloso ou uma missão secreta, para invadir Interlagos! Preferia ter recebido um pacote com todos os detalhes, de forma antecipada. Aquilo parecia algo clandestino demais. Naquele ponto, recebemos apenas a passagem aérea de ida, sem nenhum detalhe do hotél ou ingressos. Aquilo já me irritava. Mas estávamos entrando no avião, e pelo menos já sabíamos o destino e horário de chegada em São Paulo. Saída foi as 18:30. O que já indicava o quanto seriam apertados os horários. Desembarque em SP foi após as 20:30 e sofremos mais de uma hora no trânsito doentio da cidade.
O frio na barriga foi exatamente no aeroporto, onde ninguém conhecia ninguém, e o grupo ficou disperso. Achei que iria perder o contato com o grupo e perder o ônibus. E pior foi o fato de não estar com nenhuma passagem de volta ou mesmo o ingresso para a corrida! Sequer uma garantia de reserva no hotél existia. O termo "Indiada" ou "Programa de Índio" já estava tomando forma. Trocamos duas vezes de ônibus até tomar o rumo do hotél. Aquilo foi angustiante. Mas as aventuras no trânsito estavam apenas no início. Outro ponto forte de emoção foi entrar no hotél... Lá, descobrimos que não existia confirmação de reserva, para as 35 pessoas do grupo! Ficamos mais de 40 minutos no balcão do hotél, com os "donos" da agência tentando resolver a "bagaça". Quanto profissionalismo! Quando pude entrar no quarto, eram 23:59 da sexta-feira!
Serve de consolo o fato de que era um quarto só para mim. Se tivesse que dividir, já nem teria escolhido aquela empresa! A notícia desagradável foi que deveríamos estar acordados às 05:00 para tomar café, pois o ônibus fretado sairia do hotél às 06:00 para tentar chegar às 07:00 no autódromo. A Indiada estava confirmada! Não teríamos tempo sequer para descansar da viagem e do trânsito. Dormir para que mesmo? E o mais empolgante de tudo era o fato de nunca nos avisarem de nada, de forma prévia. Todos os integrantes do grupo eram informados na última hora, sobre cada etapa do "passeio". Ainda bem que a cama estava boa e foi possível dormir direto até a hora do banho.
 Aquela sexta-feira realmente foi intensa!
Literalmente foi um voo no escuro, sem instrumentos e apenas torcendo para dar certo.
Adquiri um belo pânico por agências de turismo!
Amanhã teremos o registro de como foi o sábado.

Carpe Diem!


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