Seriam os HCs, a luz no fim do túnel da Saúde Pública?
Bom dia aos sobreviventes e simpatizantes, do Red Planet Ex PEA!Hoje acordando mais cedo, depois de um sábado exaustivo.
Correrias entre mercados, livrarias e Hospital de Clínicas, não estavam previstas.
Serão necessárias duas noites de sono para voltar ao normal.
E mesmo assim, a caminhada rolou ontem, e deverá rolar hoje a tarde.
Pernas e pés pedem repouso o tempo todo, entre dores e inchaços.
Mas foi interessante, pois acompanhei uma história de persistência.
Um dos meus tios, realizou uma peregrinação entre hospitais públicos e particulares.
Há seis meses, sua filha de 14 anos, foi diagnosticada com Lúpus.
Infelizmente, a estrutura de saúde do país, não ajuda muito nestas horas.
Em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, ele correu atrás de vários médicos.
Demoraram seis meses para chegar ao diagnóstico.
Segundo ele, a demora ocorreu pelo simples fato de que os exames eram caros.
E por isso, os médicos evitavam de fazer uma bateria completa, por economia de recursos.
Para a sorte de minha prima, seu pai é um sujeito teimoso e determinado.
Vieram parar em Campinas, para serem atendidos no Hospital de Clínicas da Unicamp.
A solução teve que ser encontrada em um hospital gratuito, em instituição NÃO bancada pelo governo.
As instalações do hospital são ótimas.
O tratamento que está sendo oferecido para a paciente, são muito bons.
Bem distante da realidade dos médicos do S.U.S.
O que deveria ser um padrão de atendimento e estrutura, infelizmente parece ser a exceção à regra.
Meu tio tem refeições diárias, local para dormir, e toda a segurança e assistência.
Tudo isso, sem pagar nada, e não tem plano de saúde.
A expectativa é de que minha prima fique de uma a duas semanas em tratamento.
Até sinal do celular, pega no quarto deles.
Não perguntei, mas não seria surpresa, se existir Wi-Fi funcionando por lá.
Não tenho informações precisas ou completas, mas parece que a Unicamp recebe verbas privadas.
Portanto, estaria explicado o motivo de possuir instalações de alto nível.
Se dependesse somente do governo, a realidade seria bem diferente.
Realmente, podemos dizer que ainda existe esperança na saúde pública.
Para ter acesso, foi necessário dar literalmente com a cara na porta.
Segundo meu tio, ele simplesmente apareceu no HC com a filha passando mal.
Não foi fácil conseguir a admissão para internação, mas o resultado final foi uma vitória.
Seria muito mais interessante, se existissem mais universidades, para prestar serviços assim.
Mas nosso governo, fantoche dos banqueiros obscenos e empresários gananciosos, não presta!
Não fazem a parte deles, que deveria ser prover saúde e educação decentes para o povo.
Devido a nossa realidade, se faz muito mais necessário cuidar bem da saúde.
Para não correr o risco de precisar de um postinho da vida...
Nem todos podem contar com os serviços dos hospitais universitários.
Novamente, o velho problema de excedente de pessoas, e escassez de recursos...
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