Serviços que vão para a privada...
Bom dia aos que não são fucpub, we are the Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #555 chegando cedo, com sono e na bronca.
Para variar, vamos xingar as coisas públicas.
Antes de descer a lenha, uma justa menção honrosa.
Pela primeira vez, fui bem atendido em uma unidade do Procon.
O evento ocorreu ontem as 11:05.
A funcionária do atendimento estava com o espírito de "preciso fazer a minha parte".
Isso é muito raro no ambiente de prestação de serviços, ainda mais público.
Agora vamos partir para o pau!
Começando pelos concursos públicos de mentira.
Muitos devem ter conhecimento sobre o "Concurso da Sanasa", realizado há dez dias.
Pois bem, arrecadaram por volta de R$ 1.400.000,00!
Bastava ler o edital para descobrir que não se trata de uma vaga de emprego público.
A empresa em questão, não é um órgão do governo.
Trata-se simplesmente de uma empresa privada, que possui concessão para fornecer água.
Seus funcionários não possuem caráter de estabilidade como os do funcionalismo público.
Portanto deveriam ser proibidos de realizar um concurso para preencher suas vagas.
Naturalmente fica a pergunta chata "para onde vai essa grana toda?".
Talvez nem os funcionários da empresa saibam...
Seguindo o mesmo exemplo, vem uma certa empresa de informática, a tal Ima.
Esta empresa presta serviços de TI para alguns órgãos da prefeitura de Campinas.
Fazem parte também da máfia dos concursos falsos.
Os funcionários da Ima fazem provinhas mas são contratados como temporários CLT.
Sem nenhum tipo de vínculo estável.
Talvez esta seja a explicação para os serviços de merda que prestam.
Um exemplo é o próprio site do Procon.
Logo de cara já mostra a total falta de capacidade técnica de seus "analistas de sistemas"...
O site informa que só é compatível com o navegador FireFox nas versões 44 em diante...
Para quem é do ramo de TI, isso é algo ridículo, vergonhoso até.
Qualquer estagiário de programação sabe que devemos fazer sites para TODAS plataformas.
Uma página na Web deve ser exibida corretamente em qualquer tipo de navegador.
Além desta "gafe grotesca", o site é mau planejado.
Existem funcionalidades de carregamento de arquivos que não funcionam em certos pontos.
O que chega a ser ridículo, pois deveria ser o mesmo código aplicado em pontos diferentes.
Se quem produz tal merda já é ruim de negócio, imagine a equipe de suporte...
Já enviei três e-mails com fotos das páginas e seus erros...
E os caras seguem dizendo que o site funciona... fantástico.
Para não ficarmos com apenas um exemplo, podemos citar outros casos.
Os sites do BB e Caixa por exemplo.
São funcionais, atendem as necessidades dos correntistas...
Mas são um lixo, ao serem comparados com os bancos privados.
Logo vem a sensação de que os funcionários de TI dos órgãos públicos são os piores!
Dada a enorme exigência de se passar em um concurso, deveria ser o contrário, certo?
Em outros serviços públicos, os sites também ficam muito a desejar.
No caso do PoupaTempo, tudo que aparece no site, pode ser resolvido por telefone.
E de forma mais rápida inclusive...
O mesmo se aplica para o site da prefeitura.
Para piorar o exemplo, experimentem sites como IBGE, INSS, sites do governo, etc.
Este padrão pode ter uma explicação sórdida.
As empresas que prestam serviços para os órgãos públicos, ganham licitações viciadas.
Tal hipótese pode validar a tese de que a mão de obra mais qualificada é a privada.
Expandindo o modelo teórico, podemos dizer que é uma padronização das propinas.
Tais empresas prestam serviço não por serem as melhores de sua área de atuação.
Mas o fazem por terem sido mais generosas nos pagamentos de subornos, caixa 2, etc.
Esta malha de corrupção reflete diretamente na qualidade dos serviços prestados.
Para não perder o costume, quem paga o pato é o consumidor, usuário, raladão...
Outra teoria que pode ser abordada é a das recompensas.
Mão de obra mau remunerada produz serviços ruins.
Talvez isso explique as caras "felizes" dos atendentes nos postos de saúde...
Dica do Dia: Ao fazer concurso público, pense bem se vale a pena.
Carpe Diem!
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