Friday´s Tales #15: Sexta santa e cadê a carne?
Bom dia ilustres leitores deste espaço Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #354 chegando no dia de não comer carne...
Happy Friday Folks!
Mas até parece que eu, do contra, iria respeitar tais restrições alimentares!
Desde pequeno, era contra esta história de sexta-feira santa, sem carne...
Por mais que a educação tenha sido católica, a rebeldia fala mais alto sempre.
Quem quiser me chamar de herege, que morda a primeira picanha!
Mas que dá vontade de tacar fogo na churrasqueira, agora mesmo, isso dá!
Carnívoros Unidos, jamais serão magrinhos!
Hoje é dia de contos, eu bem sei disso. Mas o post é meu, e ... ok ok manteremos a linha aqui! Respeito é bom para com todos os leitores, e portanto a anarquia não irá tomar conta. Apenas farei um conto diferente dos anteriores. Hoje iremos deixar a história mais com cara de receitas on-line! Já que temos a tv paga ( si, pero no mucho, acá en mi casa ) sendo infestada por programas culinários, decidi que eu também posso ensinar a fazer algo para se comer, e com muito bom gosto! Recentemente até eu andei cedendo às tentações, e curiosidades, e passei um certo tempo vendo tais programas. Me encantei com alguns deles, nem tanto por conta das pessoas que os apresentam, ou as comidas, mas pelos lugares!
Foram tantos programas, que até deixei passar em branco, o nome de um deles, devido aos locais por onde eles passavam! A ideia do chefe de cozinha foi bem interessante. Um senhor japonês, dono de um restaurante bem conhecido e bem sucedido, resolveu fazer um programa, para mostrar as cidades de sua terra natal, que representam a origem de seus ingredientes. Adorei aquilo! Nagasaki é um espetáculo. Fizeram um verdadeiro turismo para as telas, e deleite dos espectadores. Passearam por portos, fazendas e cultivos até de um raro milho branco, que tem um gosto mais doce que os normais, amarelos. Os programas eram muito bem produzidos, e os segredos das receitas, não foram revelados.
Ficou um grande mistério no ar, afinal de contas, se tratava de um programa de culinária. Mas o senhor japonês mostrava somente os ingredientes de suas receitas, não como era o "modus operandis" de cada prato. O resultado final era exibido após as viagens por recantos especiais, com suas especiarias. Os clientes felizardos de seus restaurantes, eram presenteados com as receitas escolhidas de acordo com as cidades visitadas. O que mais adorei foi um restaurante no alto de uma colina em Nagasaki. O bife, em toda sua essência, cor e sabores era preparado na mesa, em frente aos clientes. Um clima super especial, onde o cozinheiro fazia todo o preparo, desde o corte, tempero e cozimento da carne, ao vivo, na frente do cliente.
Enquanto a carne, devidamente frita sob uma placa negra, adjacente à mesa, era saboreada, o cozinheiro não se mexia, aguardando a aprovação de seus degustadores. O momento era tenso, mas com final feliz. A carne foi muito bem recebida, e todos estavam mais do que sorridentes. Como costumo dizer, sendo um programa preparado para circulação mundial em redes de televisão, duvido que iriam gravar algo dizendo que a carne estava ruim... Mas vamos curtir o clima de festividades em torno da carne! Vendo aquilo, obviamente que o desejo de estar lá, era imenso! Um dia irei preparar algo semelhante, em casa mesmo, se possível com uma mesa parecida com aquela!
As paisagens, arquitetura, geografia, tudo em volta era um charme, e convidativos ao extremo. Um dia, terei esta aventura de conhecer vários recantos do Japão, e aquele bife estará me aguardando! Voltando a esta terra de ninguém, vamos colocar os pés no chão, e pensar em um churrasco mais adequado à nossa realidade. Simplicidade também pode produzir orgias gastronômicas e muita satisfação em sua mesa! Vou presentear aos leitores, uma simples e "Aprovada", receita infalível de churrasco para o dia-a-dia! Especialmente para dias onde dizem que não se deve comer a carne...
O primeiro passo, e ao meu ver, o mais importante é a escolha da carne. Não basta confiar em qualquer açougueiro por aí, e achar que tudo vai dar certo. Não podemos deixar a sorte determinar o nosso precioso item primordial do evento. Para os mais práticos, bastaria pegar um pedaço de Picanha embalada à vácuo, de marca mais ou menos conhecida e pronto. Tudo vai dar certo, né? Nem tanto cara pálida! A carne deve ser de boa procedência, e principalmente, no ponto bom para consumo. Carnes próximas do prazo de validade não estarão aptas para nossa missão. Confiança nas origens, é importante, e não me venham falar daquela porra de Tony Ramos e a Fribosta agora!
Peguei implicância com a marca, por suas ligações afetivas, indecentes e pecaminosas com políticos e a Globo Golpista. Portanto peguem qualquer carne, menos esta! (rsrsrs) Escolham uma carne jovem, de bom tamanho e forma. Um pedaço de 2 kgs é o ideal. Não escolham uma capa de gordura exagerada, que seja por exemplo, metade da espessura da carne. Claro que a capa tem um papel importante no churrasco, pois ela irá garantir o sabor do produto final. Um pedaço que tenha uma capa de "dois dedos" de espessura está ótimo. O primeiro ingrediente está garantido. Vamos ao segundo. O bom e velho Sal Grosso. Isso mesmo, não me venham com aquelas veadagens de temperinhos daqui e acolá! Nada disso deve ser usado no bom e velho churrasco legítimo! É carne, sal grosso e fogo na brasa! Nada mais do que isso.
Já estamos com os insumos prontos. Vamos agora pensar na máquina da produção, o carvão. Eu prefiro usar o vegetal, pois gera calor rapidamente, produz pouca fumaça, e não deixa sua casa com aquele ar de defumação generalizada até nas toalhas dos banheiros! Um pacote de 2,5 Kgs é o bastante para assar dois quilos de Picanha! Outra dica importante e muito prática: utilize uma churrasqueira com espetos rotativos. Isso garante seu conforto e tranquilidade, além de produzir um assado homogêneo, sem tostar um lado da carne, por exemplo. O fogo também tem seus truques, para dar certo. Costumo colocar todo o pacote de carvão, empilhado de forma a tentar fazer uma pequena pirâmide. Não precisa jogar álcool no treco! Use uma pastilha de acendedor própria para churrascos. Na maioria dos sacos de carvão, vem uma dentro.
Pirâmide erguida, com a pastilha do acendedor na base, dentro da pilha, obviamente, basta acender e esperar por meia hora. Para os mais arrojados, e apressadinhos, podem usar um ventilador sobre o fogo, que reduz o tempo para 15 minutos. Esta façanha veio do sogrão. Mas eu prefiro deixar os 30 minutos mesmo. Depois, basta assentar o carvão de forma a ficar uniforme. Para os mais detalhistas, a carne deve ficar na altura de 15 cm do fogo. Desta forma, não irá queimar, ou ficar tempo demasiado e acabar virando carne de panela... A Picanha demora pouco tempo em relação a outras carnes mais duras. Costumo deixar no fogo, por 20 minutos, e vou fatiando a parte externa, pois ninguém é de ferro! Como as primeiras partes ali mesmo na churrasqueira!!!
Faltou detalhar um ponto importante. Passe o sal grosso por toda a carne, antes de acender o fogo! Para os 2 kgs de Picanha, use uma mão cheia de sal e aperte bem na superfície do pedaço inteiro. Não precisa cortar a carne. Ela vai se acomodar bem no espeto, pois com o calor, o pedaço irá reduzir bastante. Após os 20 minutos, leve o pedaço ( que sobrou ) da churrasqueira para sua mesa, e corte em fatias finas, do sentido de cima para baixo, pegando, sempre que possível, uma parte de gordura, agora bem mais reduzida, junto com a carne. Seguindo as dicas atentamente, não terá como dar errado. Boa sexta Santa!Para aqueles que curtem um peixinho, podem usar a mesma churrasqueira.
Basta deixar um pedaço de salmão em uma grelha. Tempere como achar melhor!
Não tem melhor forma de esquecer dos problemas, do que saborear um churrasco!
E na frente do calor do fogo, fica melhor ainda!
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