quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Prisioneiros sócio-econômicos em 9 milhões

Estamos quase em prisão domiciliar...

Bom dia aos ilustres seguidores do diário estelar do Red Planet Ex PEA!
Nossa edição diária, matinal, caindo de sono está chegando nas vias internéticas!
Em clima de "Filosofar é preciso", chega o tópico de hoje.
Onde foi parar nossa liberdade?

Estar exilado em nosso planeta vermelho, parece mesmo com a situação de prisão.
Não temos renda, logo, não existimos?
O mercado de trabalho nos ignora, logo o mercado consumista não sente nossa falta?
Estamos alheios à cadeia produtiva de bens e serviços, mas ainda queremos/precisamos dela!

Passeando no blog que adoro fazer leituras, o Planeta 23, me trouxe a saudade da liberdade.
Aquela liberdade de ir e vir, sabendo que temos condições de pensar em consumo!
Também ser livre para sonhar com investimentos, cursos, férias, viagens, laser, etc etc etc.
Tudo isso representa ser livre, nos moldes do sistema capitalista, é claro.

(texto extraído do post de hoje, do Mestre DdAB, no link do Planeta 23)
John Rawls:
1. Todos têm igual direito à mais ampla liberdade compatível com a dos demais indivíduos
2. A desigualdade social e econômica deve ser organizada de modo a
a) permitir que as oportunidades de emprego sejam abertas a todos
b) gerar o maior benefício aos detentores de menos posses
Parece óbvio que ninguém é livre no Brasil, pois -por exemplo- minha liberdade é incompatível com a de assaltantes (do setor privado ou do setor público). Além disso:
Parece óbvio que o nepotismo contraria o item 2.a.
Parece óbvio que a existência de uma legislação de imposto de renda vergonhosa contraria o 2.b.

Quando estamos na condição de desemprego, aliada a condição de devedores...
Nossa realidade tem certas incoerências e crueldades!
Se a pessoa está devendo para o sistema capitalista (comércio, bancos e cartões), cai no Limbo.
Este é representado por Serasa e Spc.

O toque de crueldade vem exatamente no fato de que as empresas praticarem discriminação!
As agências de recursos (des)humanos simplesmente rejeitam currículos dos "CPFs negativados"!
Desta forma, somos excluídos não apenas do acesso à crédito, mas também ao emprego!
Chega a ser um atentado à lógica!

Se o desempregado não pode ter acesso ao mercado de trabalho, jamais irá pagar suas dívidas!
A combinação desemprego/endividamento torna-se praticamente fatal para o indivíduo.
Ficamos com a sensação de que o mercado e a sociedade nos rejeitam.
Eis então a sugestão para esta sociedade cretina e hipócrita: Alterem a legislação!

Poderiam criar a Lei que mande para o exílio, aqueles habitantes do Limbo.
Já que não querem nossa capacidade produtiva, e consumidora... para que servimos então?
Interessante é que nossos impostos ainda são bem vindos, e cobrados com veemência.
Falamos tanto dos políticos sujos, corruptos, nepotistas e desonestos...

Mas o mercado de trabalho aliado com o de proteção ao crédito, se igualam aos políticos.
Aliado ao mercado restritivo dos empregos, a sociedade também faz seu papel de rejeição.
Quantos já tiveram aquela sensação de olhares críticos e julgadores?
Nos apontam e torcem o nariz, como se fossemos um agente cancerígeno.

Sim, vivemos em uma sociedade nada democrática ou socialista.
Não temos mais direitos, apenas deveres, entre os quais está "ganhar grana, ser bem sucedido"!
Nossa liberdade?
Esta está, e pelo visto, sempre será condicionada ao poder de fogo monetário.

Carpe Diem!

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