Saúde para todos?
Bom dia aos saudáveis leitores, ainda estamos no Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #520 chegando com a cota de remédios renovada.
Já fazia um certo tempo que eu não tocava nesta ferida chamada S.U.S.
Já é fato público e notório que fazer políticas públicas é algo extremamente difícil.
Podemos dizer que é praticamente impossível atender, e agradar, a todos.
O problema é o tamanho da parcela dos descontentes.
Se queremos agradar uma minoria, se torna uma tarefa fácil.
Melhor ainda, se estivermos totalmente desinteressados pela maioria.
O projeto do S.U.S. se propõe a atender a população, sem discriminações.
Quem idealizou isso poderia estar bem intencionado.
Mas cometeu sérios pecados ao não considerar as desigualdades de renda.
E para piorar, esqueceu que a maior parte desta população a ser atendida, é de baixa renda.
Os postos de saúde atendem de fato, sem discriminação aparente.
Mas isso se torna um problema, quando a quantidade de medicamentos não é suficiente.
Se faltar remédio para aqueles que não podem comprar, a culpa é de quem?
Do governo, que não planeja corretamente, ou das pessoas que fazem abusos?
Ao meu ver, a culpa é de ambos.
Se uma pessoa tem recursos para pagar uma Unimed, ela não deveria pegar remédios de graça!
Esta é uma atitude cínica, imoral e prejudicial ao funcionamento do sistema, como um todo.
Naturalmente, um trabalhador que ganha pouco, pode ter a sorte de ter plano de saúde.
Neste caso, a empresa está lhe proporcionando um bom plano de saúde.
Mas para aqueles que podem pagar um plano particular, deveria ser proibido o uso do S.U.S.
Graças aqueles que gostam de levar vantagem em tudo, os sistemas falham.
Infelizmente, os que mais precisam acabam sendo prejudicados.
Ontem foi dia de ir no posto de saúde, pegar os medicamentos de uso contínuo.
E para não perder o costume, tenho sempre que ficar sabendo destas coisas em primeira mão.
Uma senhora com ares de muito ( não pouco ) burguesa, com receita da Unimed em mãos...
Estava lá na fila, alegre e contente, indo pegar medicamentos de graça.
Como de costume, minha mãe é simpática e comunicativa nestas filas de espera.
E a tal burguesinha ficou de papo com ela na fila.
Não foi difícil descobrir que aquela senhora não era funcionária de alguma empresa.
Era mesmo, cliente particular da Unimed.
Mesmo com todas afirmações sobre a abrangência democrática e social do plano...
Ainda sou contra estas distorções.
Pessoas de classes economicamente favorecidas, deveriam ser proibidas de usar o S.U.S.
Dica do Dia: Torcer para não ver um filho de juiz em uma fila de postinho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário