Abril, aniversário da morte da IBM
Bom dia aos sobreviventes, we still are The Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #743 chegando ainda em clima de balancete mensal!
No texto anterior, comentei sobre o dia dos bobos, sendo o 1º de Abril.
Pensando melhor, o dia 1º de Maio - Dia do Trabalhador é o dos maiores bobos mesmo!
De qualquer forma, este mês se tornou motivo de lembranças marcantes.
Não são tão boas assim pois foi em um 12 de Abril que a IBM morreu, ao menos para mim.
Foi a data da demissão, após seis anos e meio de serviços prestados de forma honesta.
Lamentavelmente a empresa não se comportou de forma minimamente decente no evento.
Se faltou ética e profissionalismo por parte deles, ao menos tiveram certa coerência.
A forma da saída teve pontos em comum com a entrada na empresa.
Os dois momentos foram cercados de total falta de organização e profissionalismo.
A impressão que ficou foi das piores possíveis.
Apertem os cintos pois iremos viajar no tempo.
O ano era 2005.
Este que vos escreve ainda residia nos Pampas, cidade de Porto Alegre.
Eram tempos difíceis pois estava sem emprego desde Agosto.
Recebi o primeiro contato de uma pequena consultoria no início de Outubro.
Eles não informavam o nome de seu cliente, dizendo apenas que a vaga era para Campinas.
Esta é uma prática comum entre empresas de grande porte.
Fazem os candidatos saírem de suas cidades para atender a conveniência de suas sedes.
Naturalmente aceitei participar do processo seletivo para aquela vaga.
Mesmo sem saber para qual empresa seria.
Afinal de contas, quem está desempregado não pode se dar ao luxo de escolher, correto?
O tempo e as experiências me fizeram rever esta forma de pensar...
Três semanas se passaram até que foi revelado o nome da empresa: IBM.
Foi um momento de certa emoção, admito!
Naquele tempo eu ainda acreditava que aquela empresa seria um dos melhores lugares...
Era um sonho antigo que poderia estar se concretizando.
Acredito que já escrevi neste blog, como foi a experiência da entrevista para a vaga.
Aquele havia sido um momento de muito estresse e com grande carga emocional.
Poderia representar uma mudança de vida.
O tempo novamente se encarregou de comprovar isso...
Fui selecionado para a vaga e devidamente informado que precisaria mudar para Campinas.
Tudo parecia estar muito bem organizado.
Considerando a troca de e-mails que tive com a pequena consultoria, existia um processo.
Era chamado de "On Board" e o conteúdo dos textos indicava um ar bem profissional.
Tudo era documentado com etapas organizadas e nome das pessoas envolvidas.
Cada atividade tinha seu responsável bem identificado e com meios de contato.
Afinal de contas, eles contratavam pessoas com origens diversas pelo país inteiro.
Não poderíamos imaginar que iriam deixar um novo contratado perdido na porta da IBM...
Antes mesmo de sair de Porto Alegre, os primeiros sinais de problemas vieram à tona.
A empresa não oferecia nenhum tipo de ajuda para realocação.
Confesso que isso foi um ponto de decepção.
Já havia participado de outro processo com uma empresa bem menor, anos antes...
A outra empresa era de Santa Maria, e arrumava até a casa para o novo funcionário!
Podemos ver que as Maiores Empresas nem sempre são as Melhores!
No exemplo da IBM, não houve sequer um centavo de ajuda de custo para deslocamento.
Muito menos apoio para encontrar um local para morar...
O que realmente importava era o fato de estar contratado, mesmo como terceirizado.
Talvez o tratamento deles para com novos funcionários fosse diferente... só que não!
A data estava marcada.
Dia 5 de Novembro seria outro dia para entrar em minha história de vida.
Minha situação financeira estava crítica.
Tive que pedir um "vale" para a consultoria, para poder pagar a passagem de ônibus...
O dinheiro que havia sobrado teria que servir para passar o primeiro mês.
Mas naquele momento, nada disso importava.
Meu estado de espírito era motivado por um homem em particular: Ayrton Senna.
Somente uma frase vinha em minha mente: Vencer ou vencer.
Nada poderia dar errado naquela aventura.
No Fear!
Pontualmente às 09:00, estava no portão da grande empresa.
Não era em Campinas...
A cidade se chama Hortolândia.
Me identifiquei na portaria, em meio a dezenas de pessoas.
No mesmo local, fornecedores, clientes e candidatos se espremiam num espaço ridículo.
Era uma salinha de 5x4 metros quadrados.
Mais de 20 pessoas aguardavam ouvir seus nomes no auto falante.
A adrenalina estava a mil!
Estava com uma pasta na mão, um celular na outra.
Apenas os e-mails impressos das conversas com a pequena consultoria.
Notem que não cito o nome da mesma, pois esta sequer existe mais.
O relógio indicava 10:00
E nada da pessoa que deveria me receber na entrada da empresa...
Pela quinta vez, me aproximei do microfone no balcão e olhei para a funcionária...
"A senhora poderia tentar novamente, já estou com uma hora de atraso para meu 1º dia!"
Aquela pessoa já estava sem graça com a situação.
Naquele momento eu achava que ela estaria sem jeito por ser algo incomum.
Novamente o tempo me ensinaria que não existia nada de raro no meu caso.
Infelizmente aquilo era a regra!
Eles contratam pessoas aos montes, depois não sabem o que fazer com elas!
Já eram 11:00 no relógio.
Várias coisas ruins passavam na minha cabeça.
Até a possibilidade da vaga sequer existir!
Haviam motivos para eu ter tais receios...
Naquele mesmo ano de 2005, uma consultoria havia me oferecido uma vaga.
Pediram que saísse com urgência do emprego atual para assumir o cargo em 5 dias.
Quando me apresentei no prédio do banco, o segurança não permitiu minha entrada!
Eles informaram que sequer o projeto que eu deveria fazer parte, existia!
Sim, estas coisas acontecem com maior frequência do que podemos imaginar...
No caso daquela experiência anterior e bem recente, havia sido falha de uma pessoa.
A gerente de projetos me "contratou" antes do cliente aprovar o projeto.
No final das contas, aquela vaga nunca existiu.
A consultoria me "enrolou" por 4 meses até finalmente me "dispensar".
Por causa desta experiência, tinha todos os motivos para estar nervoso naquele dia 5/11/2005.
O fantasma da "vaga inexistente" pairava sobre aquela portaria.
Finalmente às 11:30, apareceu uma "mocinha" da consultoria.
Ela foi até a portaria me buscar.
Solicitou um crachá provisório de visitante... o que já me deixou mais nervoso ainda...
Enquanto caminhamos em direção ao prédio onde ficava a consultoria, ela falava...
Devido a forma com a qual ela se expressava, parecia que o erro havia sido meu!
Primeiro disse que não sabiam que eu iria chegar naquele dia!
Quase esfreguei os e-mails com datas e horas na cara dela...
Percebemos a falta de caráter nas pessoas em questão de segundos.
Basta ver como se esquivam de responsabilidades e tentam colocar culpa nos outros!
O prédio ficava bem longe da portaria, portanto a conversa até foi longa.
Curioso que foi o primeiro e único contato que tive com aquela "mocinha".
Passamos pelo "lobby" principal, andamos pelo interior do prédio com centenas de baias.
A empresa é grande mesmo. O espaço era maior do que uma das siderúrgicas da Gerdau!
Tudo era muito bonito e com enorme preocupação em agradar aos olhos dos clientes.
Painéis enormes com a marca da empresa estampada por todos os lugares.
Como se houvesse a necessidade de ver IBM a cada canto que se olhasse.
Aquilo mais parecia uma programação com mensagens subliminares.
Quando chegamos ao prédio, lá embaixo, bem longe, fui apresentado ao gerente da consultoria.
Ele foi o único a pedir desculpas pelo ocorrido.
Admitiu que deveriam ter providenciado uma pessoa para me receber no horário marcado.
Finalmente naquele instante, passei a acreditar que a vaga era minha.
Afinal de contas, foi uma das frases que ele disse... "Não se preocupe, a vaga é sua!".
Quando eu esperava começar a conhecer um pouco da organização da IBM...
Veio a dura realidade.
O gerente da consultoria estava PROCURANDO UM LUGAR para me "alocar"...
Não existia nada preparado para a minha chegada.
Nem sala, nem mesa, nem cadeira, nem computador, nem telefone, nem ponto de rede!!!
Não parecia que estávamos em um processo de seleção de mais de um mês!
Tudo estava agendado e acordado entre as partes, apenas nos e-mails!
Aquilo estava se revelando como a pior organização onde eu já havia colocado os pés.
Já era uma decepção logo no primeiro dia.
Enquanto várias coisas passavam em minha mente, o gerente continuava andando...
Estávamos em corredores onde sequer ele sabia o que havia atrás das portas.
Várias delas não abriam com o crachá dele!
Imagine se o meu, de visitante provisório iria funcionar.
Estava correndo o risco de ficar preso naquele lugar, ainda por cima!
Nestas horas pensava se aquilo era um incidente isolado.
Considerando o nome e o tamanho daquela empresa, aquilo não poderia ser correto.
Não deveria ser daquela forma que os novos colaboradores, terceiros ou não, seriam recebidos.
Minha cabeça já estava fervendo e mal havia chegado a hora do almoço.
Finalmente ele achou uma sala!
A sala era separada em 3 setores com duas filas de 9 mesas.
Nem todas estavam ocupadas com pessoas ou mesmo cadeiras e computadores.
Já estávamos na hora do almoço e portanto haviam poucas pessoas na sala.
O gerente perguntou se a primeira mesa tinha dono...
Assim foi designado o meu local de trabalho na grande e poderosa IBM.
Uma mesa desocupada em uma sala desconhecida pelo gerente do projeto que me contratou.
Aquele senhor de New York, estava aguardando com pressa, para começar a trabalhar comigo.
Mal sabia ele, que sequer telefone eu tinha no primeiro dia...
O gerente da consultoria me deixou na sala e foi tratar da vida.
Talvez ele fosse fazer as atividades que já deveriam estar concluídas antes de minha chegada.
Não sei explicar o motivo de tamanha falta de organização até hoje!
Naquele momento eu tinha uma mesa para sentar em cima!
Isso mesmo! Uma mesa para sentar pois não existia cadeira.
Me apresentei para os colegas de sala.
Conversamos um pouco, e saímos para almoçar.
Um deles me pagou o almoço no restaurante da empresa.
Ao menos existia uma cordialidade entre os empregados.
Logo eles foram me explicando que aqueles não eram tão isolados assim.
Por exemplo, eu mesmo deveria sair procurando uma cadeira, um gaveteiro...
Logo após o almoço, sai caçando estas coisas.
A desordem estava por todos os lados!
Várias pessoas estavam na mesma situação que a minha.
Comprovei isto com ajuda de um alarme de incêndio!
Não foi por fogo não, foi a mais pura bagunça mesmo.
O corredor ao lado de nossa sala tinha uma porta de emergência de incêndio.
Ela abria com o empurrão de uma alavanca.
O problema é que a cada vez que abria, disparava o alarme...
E por qual motivo, várias pessoas abriam aquela porta?
Pelo mesmo motivo que eu.
Elas não tinham ainda o crachá definitivo para poder abrir as portas internas.
A porta de emergência ficava ao lado de uma porta normal com leitor dos crachás.
Portanto eram várias as ocasiões em que tocavam as sirenes de incêndio, todos os dias...
Além de desorganizados, eram totalmente sem consciência.
Se toda hora o alarme disparava, ninguém iria levar o mesmo a sério se houvesse fogo!
Iriam esperar que houvesse fumaça, aí sim!
Em pouco tempo descobri o clima de colônia de férias que reinava naquele lugar.
As vezes ficava a impressão que nenhuma pessoa trabalhava de verdade por lá.
Muitos ficavam passeando para tomar sol nos gramados, tomar café nas máquinas...
Eu era sempre o estressado para estar trabalhando e produzindo algo.
Definitivamente estava no lugar errado.
Ainda no primeiro dia tive tempo de conhecer as pessoas da sala.
Suas origens eram de Salvador, Florianópolis, São Paulo, Bragança, Porto Alegre...
Somente uma das pessoas era da região de Campinas.
E várias pessoas ficariam ali por apenas duas semanas...
A organização era tamanha que somente no quinto dia, recebi um telefone e ponto de rede.
Tive que pagar para mandar fazer as chaves do gaveteiro...
O computador foi entregue no segundo dia.
Mas ficava de enfeite na mesa pois não existia onde conectar na rede...
Somente após uma semana foi possível iniciar o trabalho para o qual fui contratado.
Por mais incrível que possa parecer, era para liderar uma equipe de Excel !!!
Sim, estava entrando na pomposa IBM, para programar em VBA nas planilhas...
Naquela época, poucos acreditavam nesta história.
Após duas semanas, recebi um segundo crachá provisório.
Este já abria mais portas.
No final do primeiro mês, finalmente saiu o definitivo com foto.
Organização não era o forte deles.
No segundo mês, veio a pior das descobertas.
Meu gerente de New York havia comentado que eu poderia estar trabalhando em casa.
Ou seja...
Me fizeram mudar de Porto Alegre para Campinas, SEM NECESSIDADE ALGUMA.
Naquele ponto já era tarde para eu cancelar a empresa de mudanças...
Morar em hotéis e flats por quatro meses custava caro!
Em Fevereiro de 2006, consegui alugar um apartamento em Campinas.
Curiosamente, o mesmo onde resido atualmente, agora como proprietário.
Já que era permitido trabalhar em casa, fiz os procedimentos para o Home Office.
E pensar que a falta de competência deles me custou tantas dores de cabeça.
Poderia ter passado apenas um mês e retornado para casa!
Aprendi ao longo dos seis anos e meio, que a forma de trabalho deles era a desordem mesmo.
Não fui um caso isolado.
Pude testemunhar de perto, várias contratações que ocorreram da mesma forma.
Algumas piores, outras nem tanto.
Realmente, tamanho não é documento!
O início foi turbulento.
Cheguei a pensar em aceitar outras propostas que surgiram no decorrer dos meses.
Algumas para ganhar o dobro, em outras cidades.
Mas o Home Office me segurou lá.
Depois de alguns anos, as coisas passaram a ser normais.
O trabalho era interessante graças ao projeto em si.
Os colegas brasileiros não eram do mesmo nível que eu estava acostumado no Sul.
Na verdade a mão de obra ali era de se lamentar.
Uma coisa merece ser comentada.
A forma de trabalho era baseada nas leis trabalhistas.
Mas nem tudo era tão correto assim.
Existia uma cobrança para cumprir uma carga horária anual de 2080 horas.
Para os que sabem fazer contas de cabeça, já devem ter entendido a maldade.
52 semanas por ano vezes 40 horas semanais...
Onde estaria o problema?
Simples, caro Watson!
Se você tem que trabalhar 2080 horas por ano, para se manter na empresa...
Não pode tirar férias, ou ficar doente, ou ter faltas justificadas.
Cada funcionário era obrigado a cumprir esta meta de 2080 horas anuais.
O jeito era "arrumar" horas extras para "repor" as horas de férias...
O curioso era que a maioria dos que lá estavam, não reclamava.
Por se tratar de uma multinacional, eles achavam "bonitinho" pertencer à IBM.
Eram ingênuos a ponto de se considerar bons profissionais apenas por estarem ali dentro.
Mal sabiam eles que todos eram vistos como mão de obra barata.
Alguns tinham a "sorte" de poder fazer muitas horas extras.
No meu caso, o projeto previa trabalhar em todos os domingos e feriados.
Portanto eu conseguia ultrapassar as 2080 horas anuais mesmo tirando férias.
Tirava duas férias de 10 dias cada, e vendia os dias restantes.
Em todos aqueles anos, não tive um colega ou gerente que tivesse algo a ensinar.
Foram tempos de total ausência de aprendizado útil.
Definitivamente a pior das empresas onde trabalhei.
Tal conceito veio a ser consolidado da forma que fui demitido.
Tudo parecia estar indo bem no último ano.
Até que fui chamado para uma reunião com a gerente.
O assunto era o programa de metas para o ano.
Solicitaram que levasse o notebook da empresa junto...
Ao chegar no prédio da empresa, procurei a sala indicada.
Era um cubículo onde cabia uma mesa redonda com espaço para 4 pessoas.
Minha gerente estava acompanhada de um cara, fazendo as vezes de segurança.
Sua primeira frase foi: "a empresa não precisa mais dos seus serviços".
Ela pediu que preenchesse um formulário onde deveria deixar as senhas pertinentes.
Recolheu meu crachá e o "capataz" me acompanhou até a porta da rua.
Foi um dos momentos mais nojentos de minha vida profissional.
Jamais tive uma experiência de tamanho desprezo como o demonstrado naquele dia.
A data era 12 de Abril de 2012.
Foi encerrado naquele momento o meu período como funcionário de uma grande empresa.
A última vez que pisei naquele lugar.
A sensação que ficou foi de que a entrada e a saída foram semelhantes.
Alguns anos depois tive notícias de mais pessoas que foram demitidas no mesmo ano.
Ao que parece, ocorreu um corte geral em vários departamentos.
De qualquer forma, acredito que deveriam ter maior decência em ações como aquelas.
A IBM só é grande mesmo para seus acionistas e clientes.
O modelo corporativo deve ser o mesmo adotado para outras empresas do mesmo porte.
Talvez eles considerem que tais práticas sejam as mais adequadas ao tamanho da empresa.
Do momento em que você entra na empresa grande até o dia da saída, você é um número.
Apenas um número no centro de custos, um número que representa algum tipo de lucro.
O aprendizado que ficou desta experiência é que não existe respeito ou ética profissional.
Em empresas grandes ou pequenas, poderemos ser tratados apenas como um número.
Enquanto estivermos gerando receitas, teremos lugar na organização.
Nada mais natural para o modelo Capitalista, certo coxinhas?
Um fato ainda incomoda, em relação ao retorno sobre os funcionários.
Eu representava um custo para a matriz.
Eram US$ 80 por hora trabalhada.
Este era o valor que eles repassavam para a IBM Brasil.
Deste dinheiro, eu recebia apenas R$ 24 por hora...
Preciso fazer as contas ainda?
A filial recebia R$ 280 por cada hora que eu trabalhava.
Sobravam R$ 256 por hora para eles pagarem custos trabalhistas e ter seu LUCRO!
O interessante era que se fosse um funcionário americano em meu lugar, ele custaria mais!
Lá na terra da matriz, seriam pagos US$ 150 por hora para ocupar o meu cargo!
Por isso eles gostam tanto de brasileiros, indianos e chineses.
No final das contas o empregado americano é muito caro para as IBMs da vida.
O mês de Abril ficou na memória como um marco importante.
É o momento de lembrar como somos explorados enquanto mão de obra ativa na PEA!
Também serve para lembrar o quanto custa estar excluído da mesma.
Até quando?